22/12/2007

Hijjab a lei shia ..a mulher e o hijjab



Um elemento em atenção à necessidade do Hijab, especialmente quanto às mulheres, é a ênfase na sua humanidade acima da feminilidade em suas relações com as pessoas do sexo oposto. As mulheres que usam o Hijab de maneira inapropriada ou muita maquiagem mostram um claro sinal de inclinação e gosto por relações impróprias com o sexo oposto, seja deliberadamente ou de maneira não intencional. Quando aparecem em público usando o Hijab de maneira não apropriada, devem ter em mente que estão pavimentando o caminho da violação do seu direito à privacidade e castidade. Esta é uma razão pela qual os homens ousam violar a castidade e privacidade das mulheres. A presença de uma mulher com uso adequado do Hijab é uma mensagem de “NÃO” a todos aqueles que se permitem o direito de violar as mulheres. Se as mulheres observam o uso correto do Hijab, então os homens saberão que é impossível violar sua castidade. Se são raros os casos de violação de mulheres que usam o véu (Muttahajibah), é porque aquelas que o empregam de maneira incorreta prepararam o terreno para tais violações. Quando um clima geral de pecado prevalece na sociedade, ninguém está a salvo de violações ao seu direito à privacidade e castidade.

Continuando sua fala sobre a filosofia do Hijab, Gholami adiciona: “O que é claro sobre a filosofia do Hijab entre os grandes sábios, como Shahid Mottahari, é que ele tem suas raízes em quatro pontos: manter o respeito e o valor das mulheres; oferecer às outras pessoas na sociedade paz de espírito; estabilizar os fundamentos da família; e a estabilidade social.”
“No que concerne à estabilidade social nos seus aspectos relacionais, econômicos, culturais, científicos e políticos, é imperativo que nós observemos o Hijab tanto para os homens quanto para as mulheres.” (1)
No tocante aos aspectos sociais do Hijab, torna-se urgente e necessário observar uma outra obrigação religiosa, que é “ordenar pelo bem e evitar o pecado” (2). “Depois de informar as pessoas sobre o vício e a virtude, vem a admoestação sobre o bem o distanciamento do mal. Isso quer dizer, se alguém transgride certos limites, todos devem exortá-lo a fazer o bem e evitar o mal”.

As partes do corpo que podem ser mostradas por uma mulher são o rosto e suas mãos, do punho aos dedos. A maquiagem das mulheres não deve ir além da prática comum. Esta noção de Hijab é, quanto a isso, apenas parte de um conceito muito mais amplo.
O véu é apenas uma das formas do verdadeiro Hijab. O que se pode concluir dos ensinamentos religiosos e dos versículos corânicos é que a abstenção de gestos e falas provocativas são extensões dos conceitos de Hijab e recato.
Vejamos, mais uma vez, a opinião do Dr. Gholami sobre isso: “O recato é um assunto tão importante entre os ensinamentos religiosos que nós entendemos, a partir das narrações islâmicas, que uma pessoa não pode dizer que tem uma religião a menos que pratique o recato em seu comportamento. A questão é: qual a relação entre Hijab e recato? Pode alguém alegar que as pessoas são recatadas se têm um véu religiosamente bom? Hijab é apenas uma manifestação do recato; ou seja, se alguém tem um bom véu, pode, então, alegar que cumpriu uma parte dos padrões de recato, e esta é apenas a aparência do Hijab. Hijab, contudo, não se restringe ao véu externo; nós também devemos ter recato no modo de olhar e no coração”.

LIDERES

Iman Ali Ibn Abi Talib
Iman Hassan Ibn Ali
Iman Husseyn Ibn Ali
Imam Khomaini ( que Allah esteja satisfeito com tigo)
Shahid Motahhari ( Que a paz esteja com vosco)
Shahid Behechti ( Que a luz de Allah esteja com tigo)
Sayyed Ali Khaminai ( Que Allah esteja com tigo)
Allamah Tabataba-i (Que a Luz de Allah esteja com vosco)
Ayatollah Bahjat ( Que a paz esteja com tigo)
Ayatollah Golpay-Gani ( Que a luz de Allah esteja com tigo)
Ayatollah Mar-Ashi Najafi ( A paz de Allah com vosco)
Ayatollah Mohamad Shirazi Shia ( Que a paz de Allah esteja com tigo)
Ayatollah Mohammad Baker Al-Hakim ( Que a luz de Allah esteja com tigo)
Sayyed Hassan Nasrolah ( Que a luz de Allah esteja com tigo)

Ruhollah Khomeini Shia (Ayatollah Khomeini)



Líder religioso supremo ("ayatollah") e chefe de estado iraniano, Ruhollah Khomeini nasceu em 1900, numa localidade próxima do Teerão, no seio de uma família Shiita. Apesar de ser uma minoria no Islam, o Shiismo é a religião oficial do Iram.

Ruhollah Khomeini significa «inspirado por Deus», um desígnio que acompanhou o líder religioso desde muito cedo.

Apesar da sua dedicação ao Shiismo, Khomeini, tal como o seu pai, trocou os estudos teológicos pela carreira de jurista (Islâmico).

Khomeini era discípulo do membro mais alto da classe clerical do Irão, Ayatollah Mohammed Boroujerdi, um defensor da aplicação da religião ao poder.

Ayatollah denunciou Reza Pahlavi pelos seus laços com Israel, alegando que os judeus se preparavam para invadir o Iram.

A sua ideologia conservadora opunha-se aos avanços e tendências ocidentais, declarando "guerra" a tudo o que viesse do Ocidente e especialmente dos EUA.

Ayatollah Khomeini morreu em 1989. Que a paz esteja com ele......Iman Ali nur shia

16/12/2007

Casamento de Fatima e Ali ""A União Shiia""

Fátima e Ali se casaram provavelmente no início do
segundo ano após a Hégira. Ela devia ter perto de 19 anos e Ali 21. O próprio
Profeta celebrou a cerimônia de casamento. Os convidados foram servidos com
tâmaras, figos e "hais" (uma mistura de tâmaras e manteiga). Um membro dos ansar
deu de presente um carneiro e os outros ofertaram grãos. Toda Medina se
rejubilou.
Diz-se que o Profeta presenteou o casal com uma cama de madeira,
entrelaçada com folhas de palmeira, uma manta de veludo, uma almofada de couro,
uma pele de carneiro, um vaso e um moedor de grãos.
Pela primeira vez Fátima
deixou a casa de seu amado pai para começar uma nova vida com o marido. O
Profeta estava nitidamente preocupado com ela e mandou Barakah para ajudá-la em
caso de necessidade. Sem dúvida, Barakah foi uma inestimável fonte de conforto e
consolo para Fátima. E o Profeta rezou por eles:
"Ó Senhor, abençoe a ambos,
a sua casa e a sua descendência." Na casa humilde de Ali, só havia uma pele de
carneiro para a cama. Na manhã seguinte ao casamento, o Profeta foi até lá e
bateu na porta. Barakah veio atender e o Profeta lhe disse: "Ó Umm Ayman, chame
meu irmão para mim." "Seu irmão? Aquele que se casou com sua filha?" perguntou
Barakah algo incrédula, como se quisesse dizer: Por que o Profeta chama Ali de
seu irmão? (Ele se referia a Ali como seu irmão porque depois da Héjira os
muçulmanos estavam ligados numa fraternidade, assim o Profeta e Ali estavam
ligados como "irmãos").
O Profeta repetiu o que tinha dito numa voz mais
alta. Ali chegou e o Profeta invocou as bênçãos de Deus sobre ele. A seguir, ele
perguntou por Fátima. Ela apareceu quase que se encolhendo, entre espantada e
tímida, e o Profeta lhe disse:
"Eu casei você com o mais querido de minha
família." Desta forma, ele procurou tranquilizá-la. Ela não estava começando uma
vida nova com alguém estranho, mas sim com um que havia sido criado na mesma
casa, que estava entre os primeiros a abraçarem o Islam ainda muito novo, que
era conhecido por sua coragem, bravura e virtude, e a quem o Profeta descrevia
com seu "irmão neste mundo e no outro."

Ali trabalhava como carregador de água enquanto ela
moía o milho. Um dia ela disse a Ali: "Tenho trabalhado a terra até fazer bolhas
em minhas mãos."
"Eu tenho tirado água até meu peito doer." respondeu.
Ali, então, sugeriu a Fátima: "Deus deu a seu pai alguns prisioneiros de guerra,
portanto, vá e peça a ele para lhe ceder um servo."
Relutante, ela foi ter
com o Profeta, que disse: "O que a traz aqui, minha filhinha?" "Vim lhe
apresentar minhas saudações de paz," ela respondeu, porque, com vergonha dele,
não conseguiu dizer o que estava pretendendo.
"O que você fez?", perguntou
Ali quando ela voltou sozinha.
"Eu fiquei envergonhada de pedir a ele", ela
disse. Então, os dois foram juntos, mas o Profeta sentiu que eles tinham menos
necessidade do que os outros.
"Não lhes darei", ele disse, "os Ahlas Suffah
(muçulmanos pobres que ficavam na mesquita) estão atormentados pela fome. Não
tenho o bastante para ..."
Ali e Fátima retornaram para casa, sentindo-se um
pouco rejeitados, mas naquela noite, após terem ido para cama, eles ouviram a
voz do Profeta pedindo permissão para entrar. Puseram-se de pé e ele lhes
disse:
"Fiquem onde estão" e sentou-se ao lado deles. "Posso dizer-lhes
alguma coisa melhor do que aquela que vocês me pediram?" Eles responderam "Sim"
e ele disse: "As palavras que Gabriel me ensinou, que vocês devem dizer "Subhana
Allah" (Glorificado seja Deus) dez vezes depois de cada oração, e dez vezes
"Alhamdul lillah "Louvado seja Deus) e dez vezes "Allahu Akbar" (Deus é o
maior). E que quando vocês forem para a cama devem dizer trinta e três vezes
cada uma."
Alguns anos mais tarde, Ali costumava dizer: "Desde que o
Mensageiro de Deus nos ensinou aquelas palavras, nunca deixei de dizê-las uma
única vez."
Foi apenas através de Fátima que a descendência do
Profeta se perpetuou. Todos os filhos de Mohamed morreram ainda na infância e os
dois filhos de Zaynab, de nome Ali e Umamah, morreram jovens. O filho de
Rukayyah também morreu quando ainda não tinha dois anos de idade. Esta é mais
uma razão de reverência que é concedida à Fátima.
Embora Fátima fosse muito
ocupada cuidando das crianças, ela tomou parte, na medida do possível, nos
assuntos afetos ao crescimento da comunidade muçulmana de Medina. Antes de seu
casamento, ela era uma espécie de protetora dos pobres e desvalidos. Assim que a
Batalha de Uhud terminou, ela foi com outras mulheres ao campo de batalha e
chorou pelos mártires mortos e ainda arrumou tempo para cuidar das feridas de
seu pai. Na Batalha de Ditch, ela desempenhou um papel muito importante,
juntamente com outras mulheres, preparando comida durante o longo e difícil
cerco. Ela orientou as mulheres nas orações e naquele lugar existe uma mesquita
com o nome de Masjid Fatimah, uma das setes em que os muçulmanos guardavam e
praticavam suas devoções.
Fátima também acompanhou o Profeta quando ele fez a
Umrah, no sexto ano após a Hégira, depois do Tratado de Hudaybiyyah. No ano
seguinte, ela e sua irmã Umm Kulthun estavam entre os muçulmanos que
participaram, junto com o Profeta, da libertação de Macca. Diz-se que naquela
ocasião, tanto Fátima como Umm Kulthun, visitaram a casa de sua mãe, Khadija, e
rememoram os tempos da infância e da jihad, das longas lutas nos primeiros anos
da missão do Profeta.
No Ramadã do décimo ano, um pouco antes de ela fazer a
Peregrinação do Adeus, o Profeta confidenciou à Fátima, como segredo que ainda
não podia ser revelado aos outros:
"Gabriel recitava o Alcorão para mim e eu
para ele, uma vez a cada ano, mas este ano ele recitou duas vezes. Acho que
minha hora chegou."
Na sua volta da Peregrinação do Adeus, o Profeta ficou
seriamente doente. Seus últimos dias foram passados na casa de sua esposa Aisha.
Quando Fátima vinha visitá-lo, Aisha deixava os dois sozinhos.
Um dia ele
chamou Fátima. Quando ela chegou, ele a beijou e sussurrou algumas palavras em
seu ouvido. Ela chorou. De novo ele sussurou em seu ouvido e ela sorriu. Aisha
viu e perguntou:
"Você chorou e sorriu ao mesmo tempo, Fátima. O que o
Mensageiro de Deus lhe disse?" Ela respondeu:
"Primeiro ele me disse que irá
se encontrar com o seu Senhor daqui a pouco, e eu chorei. Depois ele me disse:
'Não chore porque você será a primeira de minha casa a se juntar a mim', e eu
sorri."
´Não demorou muito e o nobre Profeta morreu. Fátima ficou muito
abalada e muitas vezes ela foi vista chorando profusamente. Um dos companheiros
percebeu que nunca mais viu Fátima sorrir depois da morte de seu pai.
Uma
manhã, no início do mês de Ramadã, um pouco menos de 5 meses depois da morte do
pai, Fátima acordou parecendo muito feliz e cheia de alegria. Na tarde desse
dia, conta-se que ela chamou Salma bint Umays, que cuidava dela, e pediu para se
banhar. Depois vestiu roupas novas e se perfumou. Em seguida pediu a Salma que
levasse sua cama para o quintal da Casa. Com o rosto voltado para o céu, ela
pediu que chamasse o marido Ali.
Ele se surpreendeu quando viu a cama no meio
do quintal e perguntou a ela o que havia de errado. Ela sorriu e disse: "Tenho
um encontro hoje com o Mensageiro de Deus."Ali chorou e ela tentou consolá-lo.
Ela lhe disse para cuidar dos filhos al-Hasan e al-Husayn e pediu para ser
enterrada sem cerimônias. Olhou para cima mais uma vez e então fechou os olhos e
entregou sua alma ao Criador Todo Poderosos.
Fátima, a Resplandescente, tinha
apenas 29 anos de idade.

Historia de Fatima Bent Mohamed...A Mãe Shiia! Part.1



  1. Fátima foi o quinto filho de Mohamed e Khadija. Ela nasceu na época em que seu pai começou a passar longos períodos em solidão nas montanhas perto de Mecca, meditando e refletindo sobre os grandes mistérios da criação.

    Sua irmã mais velha tinha se casado com seu primo, Ibn ar-Rabiah. Em seguida veio o casamento de suas duas outras irmãs, Rukayah e Umm Kulthun, com os filhos de Abu Lahab, um tio paterno do Profeta. Tanto Abu Lahab quanto sua esposa, Umm Jamil, tornaram-se inimigos ferozes do Profeta quando este iniciou sua missão.

    É claro que naquele tempo, mesmo depois do casamento de suas irmãs, ela não ficou sozinha em casa de seus pais. Barakah, a serva de Aminah, mãe do Profeta, que tinha cuidado dele desde o seu nascimento, Zayd ibn Harithah e Ali, o filho de Abu Talib, faziam parte da casa de Mohamed.
    Quando estava com 5 anos, soube que seu pai tinha-se tornado Rasul Allah, o Mensageiro de Deus. Os primeiros a receberem as boas novas do Islam foram sua família e os amigos mais chegados.

    Um dia, quando ainda não tinha dez anos, ela acompanhou seu pai à mesquita de al-Haram. Ele ficou no lugar conhecido como al-Hijr, de frente para a Caaba e começou a rezar. Fátima ficou de pé a seu lado.

    Neste vale árido, Mohamed e os clãs de Banu Hashim e al-Muttalib foram forçados a viver com alimentação racionada. Fátima era um dos membros mais jovens dos clãs - cerca de 12 anos - e teve que suportar meses de sofrimento e privação.

    Muitas vezes as provações eram demais para ela. Certa vez, uma turba de insolentes atirou poeira e terra sobre a cabeça do Profeta. Quando ele entrou em casa, Fátima chorou muito, enquanto tiram a poeira da cabeça de seu pai.
    "Não chore, minha filha, porque Deus protegerá seu pai."
    O Profeta tinha um carinho especial por Fátima. Uma vez ele disse: "Quem quer que agrade Fátima, na verdade agrada a Deus e quem quer que lhe cause tristeza na verdade desagra a Deus. Fátima é uma parte de mim. O que quer que lhe agrade me agrada e o que quer que lhe desagrade me desagrada."

    Também disse: "As melhores mulheres do mundo são quatro: a Virgem Maria, Aasiyaa, esposa do Faraó, Khadija, Mãe dos Crentes, e Fátima, a filha de Mohamed." Assim, Fátima conquistou um lugar especial no coração do Profeta, antes ocupado apenas por sua esposa Khadija.
    Por causa de seu rosto brilhante, que parecia uma luz radiante, Fátima recebeu o título de "az-Zahraa", que significa "a resplandescente". Conta-se que quando ela ia rezar, o mihrab refletia a luz de seu semblante. Também era conhecida por "al Batul" por causa de seu asceticismo. Ao invés de ficar na companhia das mulheres, passava a maior parte do seu tempo em oração, lendo o Alcorão e assistindo os pobres
    .

Califado de gloria e luz islamica Ali ibn Talib (656-661)


Ali ibn Talib (656-661)Quando Uthman morreu, Ali tomou para si o título de Califa, no entanto, as circunstâncias nas quais o antigo Califa fora morto (lendo o livro sagrado) tornaram-no, inesperadamente, num mártir. Assim, Ali, que possivelmente instigara os exércitos contra Uthmana, foi considerado pelos seus antigos aliados e por Moawiya, governador da Síria, que era primo de Uthman, que com a sua morte herdara a chefia do clã Omíada, um usurpador.Ali por seu lado, contava com inúmeros aliados, entre os quais as três fortalezas árabes; Fostat, Kufa e Basra. A viúva de Maomé, Aysha, juntamente com outros dois inimigos de Ali, mudou-se para Basra, onde procurou sublevar a fortaleza contra o novo Califa.Vendo que a sua presença era indispensável junto dos exércitos, em especial na Mesopotâmia, Ali transfere a capital de Medina para Kufa e lá organizou as tropas e marchou contra os rivais, em 656.Desenrolou-se então a chamada batalha do camelo, onde Ali exterminou as tropas oponentes, além de matar al-Zuayr e Tallha e capturar Aysha, que politicamente deixou de ter qualquer influência.A morte dos seus inimigos serviu para consolidar as posições de Ali no Iraque, mas na Síria as coisas passavam-se de maneira diferente. Moawiya não aceitava o governo de Ali, a quem considerava um usurpador e, agora aliado com Amr, iniciou em 675, as suas ofensivas.A batalha de Siffin, na margem direita do rio Eufrades, em 675, foi decisiva, pois os exércitos de Ali estavam levando vantagem até que Amr, que comandava os exércitos de Moawiya, ordenou que todos os seus homens colocassem sobre as espadas folhas do Alcorão. Essa imagem fez com que as tropas de Ali desistissem de lutar, pois consideravam sacrilégio matar homens tão leais à sua fé. Além da desistência, os homens de Ali decidiram submete-lo a uma arbitragem, uma espécie de julgamento para decidir se a sua ascensão ao poder era legítima.Enquanto Ali se retirava do campo de batalha com os seus homens, cerca de metade deles veio insistir para retomarem o combate. O Califa achou prudente não aceitar a pretensão, pois estariam em menor número e a derrota inevitável. Diante da recusa da Ali, estes soldados desertaram, mas em vez de se passarem para o lado de Moawiya, formaram uma milícia religiosa, cujos seguidores foram apelidados de Kharidjitas. A formação da milícia marca o primeiro grande cisma do Islão.Depois da formação do kharidjismo, Ali teve que ocupar o seu tempo enfrentando-os, o que permitiu a Moawiya agir livremente, retomando o Egito, cujo governo era leal a Ali e entregou-o a Amr. Em 660, em Jerusalém, proclama-se Califa.Ali finalmente derrotou os revoltosos Kharidjitas, na batalha de Nahrawan, nas margens do Tigre. Em 661, quando Ali organizava as suas tropas para marcharem contra a Síria, um muslin disfarçado, invadiu a mesquita de Kufa e matou o Califa. Com a morte de Ali, o caminho ficou livre para as pretensões de Moawiya.

Iman e a familia de Ali ibn Abi Talib

É bom referir que os Califas eram, até ao tempo de Ali, ao mesmo tempo Malik (Rei) e Imam (líder religioso), porém o culto que se desenvolveu a Ali, tratava-o e também ao seu filho, Hussayn, como Imam. Este culto recebeu o nome de Shiismo que persiste até aos dias de hoje, crendo que Califado só pode ser exercido pelos descendentes directos de Ali, pois estes são naturalmente divinizados.Cada Imam tem o dom, concedido por Allá, de rever as escrituras.
A crença no Imam fez com que SHiitas não aceitassem os Califas e, sendo assim, desenvolveram vários ataques e revoltas ao longo de todo o Califado Omíada e depois, também no Abássida.
Nos Shiitas, o Imam designa entre os seus filhos aquele que for apto para ser o futuro Imam. Isso estaria na base da dissidência no próprio seio dos SHiitas, quando o sexto Imam, Djafar, em vez de escolher para futuro Imam o filho mais velho, Ismail, como mandava a tradição, escolheu o filho mais novo, Musa. Muitos SHiitas não aceitaram Musa como Imam e passaram a venerar Ismail como seu Imam, ficando conhecidos por Ismailitas, um facção SHiita, considerada fundamentalista.

09/12/2007

Casamento Shia de Prazo Fixo ou permanente Por Murtadan Mutahhari

Uma das leis do Islamismo, de acordo com a escola Já'fari (Shiita), que é a seita formalmente estabelecida no Irã, é que o casamento pode realizar-se de duas maneiras: em regime permanente, ou regime de prazo fixo.

Zindah bidar, do tratado de al-Ghazali Mizanu-amal, cita o seguinte: “... A utilidade das vossas exortações é só esta: que possais começar a pôr em causa os vossos velhos conceitos tradicionais, pois a indecisão é a base da investigação, e quem não tem dúvidas não está a refletir devidamente sobre as coisas. Quem não olha na direção certa não vê bem as coisas, vive na cegueira e confusão”.

“A permissão legal para o mut'ah foi providenciada pelo Shari'ah para os que carecem de uma mulher, isto é, os solteiros e aqueles cujas esposas estejam ausentes”.
Portanto, o relato apóia a permissão e não a sua proibição.
Shaykh Muhammad Husayn ibn Shaykh 'Ali al-Kashif al-Ghita (1294/1877 - 1373/1954), um dos sábios religiosos mais famosos de an- Najaf al-Ashraf (Iraque).

O casamento permanente e o casamento de prazo fixo são semelhantes em algumas das suas disposições e diferentes em outras. Um dos aspectos que os distingue um do outro é, em primeiro lugar, que no casamento de prazo fixo uma mulher e um homem decidem contrair o estado matrimonial durante um prazo fixo, e terminado esse prazo podem prolongá-lo se a tal se sentirem inclinados, e se não desejarem prolongá-lo podem separar-se.

Num casamento permanente a esposa, quer lhe agrade quer não, tem de aceitar que o marido é o chefe da família, e cumprir o que ele ordenar no interesse da situação familiar, mas num casamento de prazo fixo tudo depende dos termos do acordo que estabeleceram entre si.

São estes alguns princípios relevantes do casamento de prazo fixo ou limitado, conforme mencionado na jurisprudência Shiita, e a Lei Civil do Irã observou-os à letra.

O nome dado ao casamento fixo a lei shia e o mut'ah .

Súplica recomendada após toda oração

  • após toda oração Shia
  • Subhana man la ia’tadi ala ahle mamlekateh.
  • Glorificado seja Deus, aquele que não é opressor sobre as criaturas do seu reino.

Du`a de Visita ao Túmulo (Ziyarah) do Imam al-Hussein (as)

Que a paz esteja contigo, ó herdeiro de Adão, a criatura seleta de Deus. Que a paz esteja contigo, ó herdeiro de Nóe, o profeta de Deus. Que a paz esteja contigo, ó herdeiro de Abraão, o comungado com Deus. Que a paz esteja contigo, ó herdeiro de Moisés, o interlocutor de Deus. Que a paz esteja contigo, ó herdeiro de Jesus, o denominado de Espírito de Deus. Que a paz esteja contigo, ó herdeiro de Mohammad, o amado por Deus. Que a paz esteja contigo, ó herdeiro do Príncipe dos Crentes, o governante por vontade de Deus. Que a paz esteja contigo, ó filho de Ali, o abençoado. Que a paz esteja contigo, ó filho de Fátima, a florescente. Que a paz esteja contigo, ó filho de Khadija, a grandiosa. Que a paz esteja contigo, ó Vingança de Deus, filho de sua Vingança e o que a morte decepou, filho do outro que ela também decepou. Presto o testemunho de que tu praticaste a prece, pagaste a contribuição purificadora solidária, ordenaste que fosse feito o bem, proibiste tudo o que for condenável. E obedeceste a Deus e seu enviado até que te sobreveio a morte. Deus, amaldiçoa a nação que te matou. Deus, amaldiçoa a nação que foi injusta para contigo. Deus, amaldiçoa a nação que ouvir isso e concordar, ó meu amo, pai do Abdalla. Presto o testemunho de que tu foste uma luz nas nobres linhagens e nos castos ventres. Não foste conspurcado pela ignorância idólatra pré-islâmica e suas imundícies, e ela não te vestiu com suas veste de trevas. Presto o testemunho de que tu és um dos sustentáculos de minha religião e um dos pilares dos crentes. Presto o testemunho de que tu és o Imam benemérito, temente, abençoado, imaculado, guiador e o guiado. Presto o testemunho de que os Imames, filhos teus, são a palavra do temor, as bandeiras do guiamento, o entrelaçamento firme e a prova contundente para toda a gente do mundo. Que as bênçãos de Deus estejam convosco, com vossas almas e vossos cadáveres, Que Deus, seus Anjos, Profetas e Enviados sejam minhas testemunhas de que creio em vós, que estou convicto de vosso retorno, das doutrinas de minha religião, da conclusão de minha obra, de que o meu coração se entrega ao vosso coração e minha vontade é seguidora da vossa vontade. Com vossos corpos, com vossos presentes e ausentes e vossas aparências e ocultações. Sacrifico o meu pai e minha mãe por ti, ó filho do mensageiro de Deus. Sacrifico o meu pai e minha mãe por ti, ó filho de Abdalla. O pecado avultou-se e a tua desgraça agravou-se sobre nós e todas as criaturas dos céus e da terra. Deus amaldiçoou a nação que selou suas montarias e colocou-lhes os cabrestos, preparou-se e armou uma estratégia para combater-te, ó meu amo, ó pai de Abdalla. Dirigir-me para o teu santuário e vim para a tua presença pedir a Deus, pela importância que tu tens para Ele e pela posição que ocupas junto a Ele, que Ele abençoe Mohammad e a família de Mohammad e me faça estar convosco no mundo terreno e no além. Com a sua clemência ó mais Clemente de todos os Clementes.

08/12/2007

ISLAM SHIA

Bismilahi ir rahmani ir rahimi
Que Allah esteja com todos nos
e sua shia......
vamos conhecer a shia.....
Algumas perguntas e respostas:

  • Por que Shi'ah?
    "Nós somos o Vínculo com Allah sobre o qual o mesmo (Allah) disse: E apeguem-vos, todos, ao Vínculo com Allah e não vos dividais”.
    O Profeta (sal) apontou um sucessor?
    "Oh Mensageiro, proclame o que tem sido enviado para ti de teu Senhor; e se tu não o fizeres, tu não terás entregado Sua Mensagem (completamente); e Allah te protegerá das pessoas”. - Qur`an, 5:67

O termo “Shi`ah” é um adjetivo usado pelos muçulmanos que seguem os Imams da Família do Profeta (Ahl al-Bayt). Eles não usam o termo por razões de sectarismo ou para causar divisão entre os muçulmanos. Eles o usam porque o Qur`an o usa, o Profeta Muhammad o usou e porque os primeiros muçulmanos também o usaram, antes mesmo que palavras como Sunni ou Salafi viessem a existir. Shi'ah no Qur'an A palavra “Shi`ah” significa “seguidores; membros de um partido”. Allah menciona no Qur`an que alguns de Seus servos honrados eram Shi`ah de outros de Seus servos honrados. Certamente Abraão estava entre os Shi`ah dele. (Qur'an 37:83) E (Moisés) entrou na cidade, em um momento de descuido por parte de seus moradores, e encontrou nela dois homens brigando, um era de sua Shi’ah e o outro um de seus adversários, e o que era de sua Shi`ah pediu-lhe ajuda contra o que era um de seus adversários. (Qur'an 28:15) Portanto, Shi`ah é uma palavra oficialmente usada por Allah em Seu Qur`an para se referir a Seus Profetas estimados assim como aos seus seguidores. Se alguém é um Shi`ah (seguidor) dos mais honrados servos de Allah, então não há nada de errado em ser Shi`ah. Por um outro lado, se alguém se torna Shi`ah de um tirano ou de um desviado, ele irá encontrar-se com o destino de seu líder. O Qur’an indica que no Dia do Julgamento as pessoas irão vir em grupos, e cada grupo irá ter seu líder (Imam) na frente do mesmo. Allah diz: Um dia convocaremos todos os seres humanos, com os seus (respectivos) Imams. (Qur'an 17:71) No Dia do Julgamento, o destino dos “seguidores” de cada grupo depende do destino de seu Imam (desde que eles realmente seguiram o Imam). Allah menciona no Qur’an que existem dois tipos de Imams: E os designamos Imams cuja função é levar ao fogo, e no Dia da Ressurreição eles não serão socorridos. E os perseguimos nesse mundo com uma maldição e, no Dia da Ressurreição, estarão entre os execrados. (Qur'an 28:41-42) E o Qur’an também lembra que existem os Imams que são apontados por Allah como Guias para a humanidade: E fizemos deles Imams para guiar segundo Nosso comando, porque eles eram pacientes e se persuadiram com as Nossas comunicações. (Qur'an 32:24) Certamente, os verdadeiros seguidores (Shi`ah) desses Imams serão o povo realmente próspero no Dia da Ressurreição. Shi'ah na Hadith Na história do Islam, o termo “Shi`ah” tem sido especialmente usado para designar os seguidores do Imam `Ali (as). Esta não é uma interpretação que foi inventada posteriormente! O primeiro indivíduo que usou esse termo foi o próprio Mensageiro de Allah. Quando o seguinte verso do Qur`an foi revelado: ... os fiéis, que crêem e praticam o bem, são certamente as melhores das criaturas. (Qur'an 98:7) O Profeta (sal) disse para `Ali (as): "Isto é para você e sua Shi`ah”. E depois ele disse: “Eu juro por Aquele que controla minha vida que esse homem (`Ali) e sua Shi`ah terão uma sentença segura no Dia da Ressurreição”. q Jalal al-Din al-Suyuti, Tafsir al-Durr al-Manthur, (Cairo) vol. 6, p. 379 q Ibn Jarir al-Tabari, Tafsir Jami' al-Bayan, (Cairo) vol. 33, p. 146 q Ibn Asakir, Ta'rikh Dimashq, vol. 42, p. 333, p. 371 q Ibn Hajar al-Haythami, al-Sawa'iq al-Muhriqah, (Cairo) Cap. 11, seção 1, p 246-247 O Profeta (sal) disse: “Oh `Ali! (No Dia do Julgamento) você e sua Shi`ah irão rumo a Allah prazerosos e dando prazer à Ele, e seus inimigos irão à Ele raivosos e puxados à força”. q Ibn al-'Athir, al-Nihaya fi gharib al-hadith, (Beirute, 1399), vol. 4 p. 106 q al-Tabarani, Mu'jam al-Kabir, vol 1 p 319 q al-Haythami, Majma' al-Zawa'id, vol. 9, numéro 14168 O Profeta (sal) disse: “Boas novas, Oh `Ali! Certamente você e sua Shi`ah estarão no Paraíso”. q Ahmad Ibn Hanbal, Fadha'il al-Sahaba, (Beirute) vol. 2, p. 655 q Abu Nu'aym al-Isbahani, Hilyatul Awliya, vol. 4, p. 329 q al-Khatib al-Baghdadi , Tarikh Baghdad, (Beirute) vol. 12, p. 289 q al-Tabarani, Mu'jam al-Kabir, vol. 1, p. 319 q al-Haythami, Majma' al-Zawa'id, vol. 10, pp. 21-22 q Ibn 'Asakir, Ta'rikh Dimashq, vol. 42, pp. 331-332 q Ibn Hajar al-Haythami, al-Sawa'iq al-Muhriqah, (Cairo) Cap. 11, seção 1, p. 247 Mas como poderia o Profeta (sal) ter usado esse termo tão divisor? O Profeta Abraão era sectário? E os Profetas Noé e Moisés? Se o termo Shi`ah fosse separatista ou sectário Allah não o usaria para designar Seus estimados Profetas e nem o Profeta Muhammad iria respeitá-los. Deve ser enfatizado que o Profeta Muhammad (sal) nunca desejou dividir os muçulmanos em grupos. Ele ordenou a todo o povo que seguisse o Imam `Ali (as) como seu agente durante sua vida, e como seu Sucessor e Califa após sua morte. Infelizmente, aqueles que obedeceram ao desejo do Profeta foram poucos e eram conhecidos como “a Shi`ah de `Ali’. Eles foram sujeitos a todos os tipos de discriminação, perseguição e sofrimento desde o dia em que a Misericórdia para a Humanidade, o Profeta Muhammad (sal), faleceu. Se todos os muçulmanos tivessem obedecido ao que o Profeta desejou, então não teria existido nenhum grupo ou escola de interpretação dentro do Islam. Numa tradição, o Profeta (sal) disse: “Logo após mim a discórdia e ódio irão aparecer entre vocês, quando essa situação aparecer, vão e procurem por `Ali, pois ele sabe separar a Verdade do Erro”. q `Ali Muttaqi al-Hindi, Kanz al-'Ummal, (Multan) vol. 2 p. 612, number 32964 A respeito do verso Alcorânico citado anteriormente, alguns juristas Sunni narraram do Imam Ja'far al-Sadiq (as), o sexto Imam Shi'ah da Família do Profeta (Ahl al-Bayt), o seguinte dito a respeito da mesma (a Ahl al-Bayt): "Nós somos o Vínculo com Allah sobre o qual o mesmo (Allah) disse: E apeguem-vos, todos, ao Vínculo com Allah e não vos dividais”. q al-Tha'labi, Tafsir al-Kabir, no comentário do verso 3:103 q Ibn Hajar al-Haythami, al-Sawa'iq al-Muhriqah, (Cairo) Cap. 11, seção 1, p. 233 Portanto, se Allah denuncia o sectarismo, Ele denuncia aqueles que se separaram do Seu Vínculo, e não aqueles que se apegam ao mesmo. Conclusão Nós mostramos que o termo Shi`ah tem sido usado no Qur`an para designar os seguidores dos grandes servos de Allah, e nas tradições (hadith) do Profeta (sal) para designar os seguidores do Imam `Ali (as). Aquele que segue tal Guia divinamente apontada está salvaguardado das disputas na religião e segurou firmemente o Forte Vínculo com Allah, e foram-lhe dadas as boas novas do Paraíso.